segunda-feira, 18 de maio de 2009

Os baluartes da ética (Entreblogues)

Já leram o blogue de Ricardo Kotscho hoje? A última postagem relaciona a CPI da Petrobrás com os pecados da imprensa de uma maneira bastante exata. Confiram no trecho abaixo, que também nos serve de pretexto para incluir o blogue na lista dos "Outros Cardápios", ali ao lado.


"E já que esta bobagem de terceiro mandato não assusta mais ninguém, a não ser alguns colunistas e a Velhinha de Taubaté, grandes estadistas tucanos, como Álvaro Dias, do Paraná, e Arthur Virgílio Neto, do Amazonas, resolveram tirar da manga um outro factóide: a CPI da Petrobrás.
No melhor momento da vida da maior empresa brasileira, quando o mundo todo está de olho nas recém-descobertas reservas do pré-sal, os nobres senadores da oposição juntam meia dúzia de recortes de jornal para montar o circo da CPI, que eles imaginam capaz de abalar o governo e alavancar para 2010 a candidatura presidencial do consórcio PSDB-DEM-PPS, estes baluartes da ética e do progresso.
Como não têm nenhuma proposta para melhorar a vida dos brasileiros, resolveram jogar ”no erro do adversário”, como se diz no futebol. O governo bobeou, acreditou mais uma vez na fidelidade do seu aliado PMDB, e lá estão nas manchetes, em lugar do mar de lama que inundou o Congresso Nacional, os valentes criadores da CPI da Petrobrás.
A exemplo do que tem acontecido em todas as últimas “crises do fim do mundo”, quando um tema caro (nada é feito de graça) à oposição monopoliza todo o noticiário, é dos leitores e não de jornalistas que surgem as melhores análises sobre o que está acontecendo.
Quem melhor resume esta história nos jornais de hoje é a leitora Mara Chagas (São Paulo, SP) em carta publicada no Painel do Leitor da Folha:
“Mais uma CPI aberta por força do `patriotismo´do PSDB. O senador Arthur Vinrgílio se diz `preocupado´com o nosso patrimônio nacional. Desde quando? Quem vendeu empresas brasileiras a preços de banana, no limite da irresponsabilidade? O pior é que tudo começa com muito estardalhaço e termina com um belo acordo por baixo do pano. Já vimos este filme. Gastam-se tempo, saliva e dinheiro, enquanto Lula viaja embalado na sua enorme popularidade”.
Eles ainda não se deram conta de que não enganam mais ninguém."

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