Comentário dos comentários

Marcya, Maltrapa e Valéria: em primeiro lugar, grato pelos comentários que, sugiro aos demais frequentadores deste espaço, devem ser lidos, conhecidos e discutidos (os dois primeiros no post "O voto em Marina" e Valéria em "O eleitor de cada um"). Dito isso, seguem minhas observações.

Marcya: minha crítica ao voto em Marina é política, não pessoal (embora eu tenha minhas ressalvas em relação ao comportamento específico dela como pessoa-candidata); meu apoio a Dilma Roussef segue este mesmo princípio (embora eu a considere uma candidata-pessoa ruim por falta de traquejo na exposição ao públlico, algo natural em quem nunca havia disputado uma eleição). Mas queria dizer, sobretudo, que é válida sim a crítica ao voto em Marina - como é ao voto em Dilma e em Serra. O voto em Marina não é um voto que está acima da contestação. E brigar com você eu não brigo mesmo, porque eu gosto muito de você e sei que vou perder.

Maltrapa: sugiro que você releia o texto, porque pelos seus comentários confundiu algumas coisas. Não há discurso terrorista ali do tipo "Marina vai estragar os programas do governo Lula". Meu raciocínio é bem mais rasteiro: a votação mais do que expressiva de Marina no primeiro turno pode provocar, no limite, a vitória de Serra no segundo. É aí que está o busílis. O que eu defendia era o voto útil mesmo - algo velho mas necessário neste momento. Sobre o caráter envelhecido das minhas idéias, deve ser consequencia da idade. Mas junto com a idade, vem também aquele negócio chamado sabedoria da experiência.

Valéria: Você pode votar até em Tiririca pra presidente que eu e todos os seus admiradores vamos continuar te amando. O que eu disse no texto mais recente sobre Marina em referência ao "voto do artista" é bem o que acho que acontece no seu caso. Respeito, mas comento. E gosto de ouvir seu retorno, por menos que seja porque vem na sua voz, sempre linda, musical, transcedente.