Nem um filme, nem um livro, nem um programa de televisão, nem mesmo os jornais e seus obritagórios cadernos de supérfluos. O fim de semana foi todo de Bernardo e Cecília - e se eu e Rejane tivéssemos, no lugar de apenas dois, quatro corações, seis mãos, oito bocas e dez cabeças para atender aos pedidos - e necessidades - deles, ainda seria pouco. É por isso que o blogue pisa no freio quando o sábado vai se aproximando e só "torna" da, como dizia a professora Madalena, "síncope", quando a segunda-feira já vai alta. Minto: enquanto dava atenção a Cecília e revezava com Rejane nos socorros a Bernardo, consegui ouvir uns discos. Mas era um negócio muito mais para fundo musical do que para audição de verdade. Apenas um som a mais na algaravia sábado-dominical. E antes que alguém se confunda, isso nem é um lamento - é só uma satisfação para quem entrou no blogue e deu de cara, de novo, com a imagem da sangria do açude Caldeirão. Quando penso na tragédia da menina Isabella - por sinal, e são tantas Isabelas hoje em dia, o mesmo nome da filha dos nossos vizinhos, amiga de Cecília que brincou sábado à noite lá em casa - fico imediatamente feliz pelas crianças exigirem de nós tamanho esforço.
O fato é que as demandas familitares existem e têm seus efeitos. Um deles é essa falta de assunto que ora assalta o blogueiro. De maneira que hoje passo por aqui muito mais na condição de leitor. Assim como vocês que também passam por aqui e deixam um comentário aqui e ali. Que fazer? Comentar minhas próprias postagens? Construir um monólogo em forma de blogue? Contrariar a máxima segundo a qual a possibilidade de emissão individual é a arma suprema da blogosfera? Vamos com calma, que amanhã será outro dia e os vizinhos de porta aí ao lado estão com idéias vazando como gás desconhecido na Câmara. Leia Titina e descubra a emoção que é encenar um espetáculo teatral numa pequena cidade do interior do Maranhão diante de uma platéia de 532 pessoas. Leia Moacy e impressione-se com uma impensável lista de "melhores títulos de folhetos de cordel" que só o professor mesmo pode pescar. Ou então leia Jesus, que conta a história do dia em que um certo Toninho foi tomado por santo milagreiro. Enquanto isso, vou me distraindo aqui com os apontamentos de Luiz Carlos Merten enquanto meus neurônios paternos se decidem a começar a semana, de vez.
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