Postagem rápida para intercalar com os tijolões anteriores, absolutamente involuntários mas também inevitáveis. Agora, o propósito é dar respostas e fazer eco aos comentários que o Sopão tem recebido - alguns com novos leitores se apresentando, o que é sempre estimulante, outros com leitores antigos, gente muito querida, que discordou aqui, reclamou dali. É preciso falar com todos eles. Vamos ver se dá certo.
. Silvio Andrade e Edineuza, sejam muito bem-vindos, voltem mais vezes, deixem sempre que puderem nem que seja uma linha que é para o bloguista solitário aqui saber que não está falando sozinho - embora, de fato, e não contem pra ninguém, a solidão faça parte do negócio.
. Sobreira, só você mesmo para não deixar o dinossauro do Antônio Bivar pastando sozinho na paisagem do blogue. Como bloguista mais bem sucedido do que eu, você sabe que às vezes a gente prepara uma postagem que é, a gente pensa, muito mais pra gente mesmo do que para qualquer dos prováveis leitores. E, surpresa, vem um comentário inesperado como o seu no post sobre o autor de "Longe daqui aqui mesmo". (P.S: estou devendo o endereço, eu sei, não esqueci, uma hora dessas providencio)
. Rosália: acabo de ler, com anos luz de atraso, seu comentário na postagem em que eu falava sobre o prazer que era ler a edição do dia da Folha de S. Paulo de manhã cedinho, no computador, em Acari. Acontece muito de, passando em revista postagens já envelhecidas, eu encontrar um comentário que havia perdido, que não havia percebido. Foi o que aconteceu com o seu. Também preciso dizer que, na verdade, esta postagem aqui, esta mesma, está sendo feita especialmente para eu me entender com você. Um blogue que já tem poucos leitores não pode nem em pensamento admitir a hipótese de perder os que já tem: e você, assim como Ana Luiza (Nossa Mana), é uma das leitoras que mais prezo. É das primeiras, fiel e engrandece a existência deste espaço. Então: quando eu falei sobre "provincianismo renitente" dos acarienses que adoram demais a si mesmos, estava falando de um sentimento, de uma maneira de ver e estar no mundo que acaba não contribuindo para melhorar este mesmo mundo. Mundo aqui, claro, é alegoria para cidade. Eu começei o texto falando sobre a facilidade de comunicação, de acesso à informação do mundo atual, e terminei discorrendo sobre a atitude de pessoas que, de tão exageradamente apaixonadas pelo seu próprio mundo em volta, próximo, atávico, correm o risco de perder de vista o outro, o mundo além-muros, o distante, o diferente. Além de também perder a capacidade de avaliar este seu próprio e próximo e acolhedor mundo - cidade - próprio. Era isso. Continuo gostando de Acari tanto quanto me permite a minha capacidade de ver as limitações da cidade e de sua gente. Que para mim são umas, para você - que lá morou e para lá sempre volta - serão outras. Sinto que o texto da postagem tenha incomodado você e assumo as conseqüências pela escrita rápida como acho que convém a um blogue. Mas acho que você vai entender e me dar outra chance.
. Gustavo, nosso breve debate sobre ênfase em educação ou em distribuição de renda, nas postagens próximas à que me referi no papo com Rosália me dão esperança de estar fazendo um blogue tão apaixonado quanto não-intolerante. Obrigado pelo feed.
.Délia, poeta: passei pelo seu blogue, sim, embora sem deixar comentários. Não era um momento bom, achei melhor esperar por hora mais tranqüila, ler com calma, sem afobamentos. É que a volta a Brasília depois das férias não foi fácil não. Muito problema caseiro para resolver. Mas eu volto lá, sim.
3 comentários:
agradeço a parte que me toca no comentário pra rosália...e, so pra não postar outro comentário lá mais acima, cecília, claro, também está linda !
tião, vc acha mesmo que a educação no brasil melhorou? minha preoucpação é com a cultura geral que estamos criando, não só nas escolas. bom, mas temos muito o que conversar. abç, gustavo.
Meu caro Tião, não por ter discordado em um post que deixaria o prazer de ser sua leitora e mais agora que soube que sou especial. Tenho que concordar com vc em um ponto, realmente a paixão, não só pela cidade, mas a paixão política leva Acari ao atraso. Lá se troca votos por consultas médicas.
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