"A progressão da violência que atordoa os paulistas ocorre em uma sociedade cujas forças influentes são refratárias a investimentos sociais e encabeçam, no país, o movimento em tal sentido.
(...)
Os raros governantes que pensam em dar prioridade a investimentos sociais passam, no Brasil, por situações impiedosas. Luiza Erundina sofreu campanha sem interrupção e até, em várias ocasiões, sem escrúpulo, pela disposição de atentar sobretudo para áreas desassistidas e não, como é da tradição administrativa, para as áreas de moradia ou trânsito da classe média para cima. Roberto Saturnino na Prefeitura do Rio e Leonel Brizola, no seu primeiro governo fluminense, viveram experiências semelhantes, embora em menor grau, à de Luiza Erundina."
(JANIO DE FREITAS, na Folha de S. Paulo, data não anotada)
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