Uma terceira postagem sobre os segredos muito bem guardados de Corumbá de Góiás. Quem amplia as confidências da alma dessa cidade é a jornalista Thais Pires, goiana legítima e colega de Rejane no Unafisco. Rejane enviou o texto que o Sopão publicou sobre Corumbá para Thais e ganhamos de presente, via e-mail, a seguinte resposta que, por rica em informações e curiosidades, estampo de volta aqui no Sopão. Segue o texto:
Corumbá é uma belezura. Talvez nós, goianos, conheçamos bem esta pequena cidade. Alí já se vivia intensamente a cultura a partir dos meados do século XVIII. Embora o primeiro jornal goiano seja de Pirenópolis - o Matutina Meiapontense, que data dos anos 1700.
Se um dia você tiver a chance de conhecer algumas pessoas da cidade, principalmente as mais idosas, verá os discos que têm - bolachões de músicas clássicas e também músicas francesas. Muitas das famílias ainda hoje conservam seus gramofones, belíííísimos!.
É de Corumbá de Goiás o escritor de maior projeção nacional e internacional do Estado. Digo maior projeção porque é o único goiano a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras: Bernardo Élis -que é, inclusive, xará de seu filho. Ele tem contos, muitos bons, cujo cenário é a cidade.
Se você fizer contato com alguns parentes dele, verá a coleção de revistas francesas de moda, datadas de 1800 - o maior charme, os vestidos todos desenhados com bico de pena - um luxo. Eles têm também livros onde registram a família desde o final dos anos 1700. Tem coisas muito interessantes e muito tristes ao mesmo tempo: recorte de jornal dizendo do desaparecimento de escravos. Para descrever como é a pessoa do 'fugitivo', digamos assim, eles tomam como referência os dentes: tantos superiores, tantos inferiores.
Nota do Sopão: Thais, desculpe aí. Agora me dei conta de que nem pedi sua permissão para publicar o texto do e-mail. Mas, pensando bem, não veja como isso possa lhe contrariar, não é mesmo?
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