A aridez - física, geográfica, social ou psicológica - foi a constante que mais me chamou a atenção em "Babel".
A aridez lunar da superfície marroquina, a aridez interna da garota japonesa muda, a aridez que marca o relacionamento do casal Brad Pritt e Cate Blanchett antes mesmo do tiro que dispara a ação caleidoscópica do filme de Alejandro González Iñarritu.
A aridez do deserto que separa o excesso da falta, o norte rico, desconfiado e frio do sul latinizado, festivo e irresponsável.
A aridez das circunstâncias nem sempre evidenciadas - ou quase sempre sombreadas, num esboço que se recusa a tornar-se arte final.
"Babel" está repleto de brancos, de espaços por completar, de informações surrupiadas ao espectador - o que só favorece o nosso envolvimento com a sua premente aridez.
A aridez ultra-urbana dos concretos e neons da magalópole japonesa.
A aridez da mulher morta, da suicida que arrasta consigo a poeira de qualquer explicação possível, por mais intangível que seja.
"Babel" não é só um desentendimento em escala global, um confronto cultural afinado com a crônica dos nossos últimos dias.
É também uma narrativa impressionista embutida em lares e famílias sobre a aridez da convivência entre pais e filhos.
A aridez do LDC na sala high-tech, a aridez da parede de barro na casa-cabana das montanhas, a aridez de um irmão preterido pelo outro.
A aridez algo seridoense do deserto que avança, avança, avança.
A aridez lunar da superfície marroquina, a aridez interna da garota japonesa muda, a aridez que marca o relacionamento do casal Brad Pritt e Cate Blanchett antes mesmo do tiro que dispara a ação caleidoscópica do filme de Alejandro González Iñarritu.
A aridez do deserto que separa o excesso da falta, o norte rico, desconfiado e frio do sul latinizado, festivo e irresponsável.
A aridez das circunstâncias nem sempre evidenciadas - ou quase sempre sombreadas, num esboço que se recusa a tornar-se arte final.
"Babel" está repleto de brancos, de espaços por completar, de informações surrupiadas ao espectador - o que só favorece o nosso envolvimento com a sua premente aridez.
A aridez ultra-urbana dos concretos e neons da magalópole japonesa.
A aridez da mulher morta, da suicida que arrasta consigo a poeira de qualquer explicação possível, por mais intangível que seja.
"Babel" não é só um desentendimento em escala global, um confronto cultural afinado com a crônica dos nossos últimos dias.
É também uma narrativa impressionista embutida em lares e famílias sobre a aridez da convivência entre pais e filhos.
A aridez do LDC na sala high-tech, a aridez da parede de barro na casa-cabana das montanhas, a aridez de um irmão preterido pelo outro.
A aridez algo seridoense do deserto que avança, avança, avança.
Um comentário:
e vc não imagina como está árido o seu seridó por ester dias. fui e voltei a currais novos ontem. vi duas reses caídas, vazias por dentro ao longo da estrada. pense...
beijos, companheira oligarquia usando o endereço da filha
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