quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O problema com Miriam Leitão

Com a rotina pessoal e profissional voltando aos trilhos, retomei meus passeios virtuais pelas colônias de blogues, portais e quejandos. E já vou fazendo o repeteco das observações instigantes que encontro em tais passeios. Pra começar, esse trecho da entrevista que Paulo Henrique Amorim deu a um repórter da Folha de S. Paulo (PHA reproduziu a entrevista bruta no blogue que mantém, cujo link está há tempos na lista lá embaixo). Vejam, vejam:

"Eu não tenho adversários, eu tenho divergências. E por exemplo, essa minha, digamos, implicância com a Miriam Leitão, que é uma pessoa adorável, que é uma pessoa que eu respeito muito, que é uma profissional maravilhosa, o problema da Miriam Leitão não é a Miriam Leitão. O problema da Miriam Leitão é a hegemonia da Globo. Só a Globo permite que um jornalista tenha a exposição que a Miriam Leitão tem no conjunto de mídia que a Miriam Leitão alcança. E a Miriam Leitão na televisão não deveria ter o direito de dizer o que diz. Nem ela nem o Jabor. Porque a televisão aberta é uma concessão de serviço público. É que o Governo Lula é muito frouxo. Porque o Governo Lula deveria entrar com uma ação administrativa na Justiça. Toda vez que a Miriam Leitão dissesse que o Brasil ia quebrar, que o Rio Madeira ia matar os bagres – que as represas do Rio Madeira iam matar todos os bagrezinhos, ia tudo ficar capado, não ia poder reproduzir, tinha que ter o direito de resposta: “não, o bagre não vai ficar capado”. Mas é que o Governo Lula tem medo da imprensa. A Cristina Kirchner foi eleita com a maior diferença da história política da Argentina desde a redemocratização e não deu uma única entrevista a um jornal argentino. O presidente Hugo Chávez dá uma banana para a mídia conservadora e venezuelana e aqui o PT tem um pânico. Se o William Waack ligar para o Marco Aurélio Garcia, o Marco Aurélio Garcia interrompe uma conversa que ele esteja tendo com o Vladimir Putin para atender o William Waack. O William Waack é mais importante que o Vladimir Putin para o Marco Aurélio Garcia. Ele desliga o telefone. Camarada Putin, “pá”, e desliga o telefone e vai atender: “oi, William”. Ele vai lá correndo."

Um comentário:

Marcya disse...

Seria a Míriam Leitão parente do Edmar de mesmo sobrenome?
:o)