Há alguns anos, inspirado no teatro de rua do grupo "Alegria, Alegria" que de vez em quando a gente encontrava no calçadão da rua João Pessoa, em Natal, escrevi um texto para teatro que imaginei de fácil encenação. Para ser levado em espaços públicos, escolas, meios de rua, praças, qualquer lugar onde fosse possível juntar um magote de gente para se divertir com uma tosca mas interessante encenação teatral sobre coisas básicas da vida - e justamente por isso muitas vezes desprezadas: amor, generosidade, inocência e fé. Se havia a necessidade de um cenário que fosse, pensei na carroceria de um caminhão, certamente influenciado, ainda que inconscientemente, por um fenômeno do interior seridoense de onde venho, que é o grande número de pais de família que ganham a vida como caminhoneiros. Um fenômeno que enchia as ruas da cidade com aquelas imensas carrocerias. Quando menino, morei ao lado de um caminhoneiro, Joares. O pai de meu primo Max também era caminhoneiro. Meu próprio pai não o era, mas, feirante, cansou de fretar - alugar, na linguagem oficial - caminhonetes para transportar frutas dos sítios do Seridó para cidades maiores como Natal, Campina Grande ou Caicó. Eram tantos profissionais da estrada que a cidade acabou criando uma hoje tradicional Festa do Caminhoneiro.
O resultado dessas duas inspirações foi o texto teatral "O Poema do Caminhão", que foi me aparecendo quase pronto na ponta dos dedos que o digitavam, e já em forma de versos - o que, não parece mas é verdade, me causou um problema circunstancial, o fato de durante alguns dias eu me ver raciocinando em rimas. Sério. Quando começei a me preocupar com aquilo, terminei o texto (a versão inicial foi escrita em três dias) e a mania do pensamento rimado sumiu - ainda bem. O texto foi feito rapidinho porque eu queria inscrevê-lo num concurso da Prefeitura de Natal. Meu amigão Carlos Magno Araújo não se perdoa até hoje por ter ido inscrever o petardo com um dia de atraso. Sossegue, Carlos Magno, que foi muito melhor assim, você sabe, porque uns dois anos depois pude inscrever o mesmíssimo texto num concurso nacional da Funarte, do qual ele sairia com o prêmio de primeiro lugar na categoria teatro infanto-juvenil pelas regiões Centro-Oeste e Norte.
Agora, o Poema do Caminhão vai sair de novo da gaveta e me dar um punhado de alegrias a mais. Ele ainda não vai ser encenado - algum dia, isso vai acontecer, eu sei, e se depender de mim será num meio de rua, tipo ali na Feira do Alecrim ou no Mercado de Caícó, ou em meio à Festa de Agosto nas limpas ruas de paralelepípedos de Acari (como a da foto que ilustra o post) ou ao lado do ginásio Ovidão, em Parelhas. Por hora, "O Poema do Caminhão" vai virar livro, o que não é pouco. Vai ganhar status de coisa publicada e, veja só, editado pelas mãos ultra-exigentes do nosso outro amigo Adriano de Sousa (uma pessoa que, saliente-se, reza pela cartilha do "amigos amigos literatura à parte" e não preciso dizer mais nada). Adriano e Flávia estão abrindo uma nova editora de livros em Natal e decidiram começar com três textos - um deles é o Poema, que chamou a atenção dele pelo fato de misturar teatro, poesia e musical. Estou honradíssimo e quem conhece os parâmetros de Adriano há de entender por quê.
O fato é que "O Poema do Caminhão", o livro, com a transcrição muitíssimo bem editada do texto teatral original, será lançado na próxima quarta-feira, em Natal, juntamente com os outros dois livros que abrem a nova editora. Por isso, antecipei uma semana das minhas férias de julho/agosto e estou seguindo para Natal amanhã, sábado, onde fico até o sábado seguinte. Não preciso dizer que este texto é um convite para que toda a comunidade do Sopão vá ao lançamento, uma oportunidade de a gente se encontrar - e aqui me refiro aos leitores conhecidos e aos nem tanto, já que de vez em quanto fico sabendo do caso de uma pessoa ou outra que gosta do blogue embora não deixe comentários. Assim que souber do local e horário exatos do lançamento, informo aqui pelo blogue que, a partir de amanhã, vai ser alimentado de lan houses, cafés internáuticos, do computador de minha cunhada Titina e onde mais eu encontrar chance de conversar com vocês. Até lá.
O resultado dessas duas inspirações foi o texto teatral "O Poema do Caminhão", que foi me aparecendo quase pronto na ponta dos dedos que o digitavam, e já em forma de versos - o que, não parece mas é verdade, me causou um problema circunstancial, o fato de durante alguns dias eu me ver raciocinando em rimas. Sério. Quando começei a me preocupar com aquilo, terminei o texto (a versão inicial foi escrita em três dias) e a mania do pensamento rimado sumiu - ainda bem. O texto foi feito rapidinho porque eu queria inscrevê-lo num concurso da Prefeitura de Natal. Meu amigão Carlos Magno Araújo não se perdoa até hoje por ter ido inscrever o petardo com um dia de atraso. Sossegue, Carlos Magno, que foi muito melhor assim, você sabe, porque uns dois anos depois pude inscrever o mesmíssimo texto num concurso nacional da Funarte, do qual ele sairia com o prêmio de primeiro lugar na categoria teatro infanto-juvenil pelas regiões Centro-Oeste e Norte.
Agora, o Poema do Caminhão vai sair de novo da gaveta e me dar um punhado de alegrias a mais. Ele ainda não vai ser encenado - algum dia, isso vai acontecer, eu sei, e se depender de mim será num meio de rua, tipo ali na Feira do Alecrim ou no Mercado de Caícó, ou em meio à Festa de Agosto nas limpas ruas de paralelepípedos de Acari (como a da foto que ilustra o post) ou ao lado do ginásio Ovidão, em Parelhas. Por hora, "O Poema do Caminhão" vai virar livro, o que não é pouco. Vai ganhar status de coisa publicada e, veja só, editado pelas mãos ultra-exigentes do nosso outro amigo Adriano de Sousa (uma pessoa que, saliente-se, reza pela cartilha do "amigos amigos literatura à parte" e não preciso dizer mais nada). Adriano e Flávia estão abrindo uma nova editora de livros em Natal e decidiram começar com três textos - um deles é o Poema, que chamou a atenção dele pelo fato de misturar teatro, poesia e musical. Estou honradíssimo e quem conhece os parâmetros de Adriano há de entender por quê.
O fato é que "O Poema do Caminhão", o livro, com a transcrição muitíssimo bem editada do texto teatral original, será lançado na próxima quarta-feira, em Natal, juntamente com os outros dois livros que abrem a nova editora. Por isso, antecipei uma semana das minhas férias de julho/agosto e estou seguindo para Natal amanhã, sábado, onde fico até o sábado seguinte. Não preciso dizer que este texto é um convite para que toda a comunidade do Sopão vá ao lançamento, uma oportunidade de a gente se encontrar - e aqui me refiro aos leitores conhecidos e aos nem tanto, já que de vez em quanto fico sabendo do caso de uma pessoa ou outra que gosta do blogue embora não deixe comentários. Assim que souber do local e horário exatos do lançamento, informo aqui pelo blogue que, a partir de amanhã, vai ser alimentado de lan houses, cafés internáuticos, do computador de minha cunhada Titina e onde mais eu encontrar chance de conversar com vocês. Até lá.
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